final do ano passado uma versão minha muito iludida tinha muitos projetos que queria colocar em prática no ano seguinte (2022), e a lista nem era tão grande assim, nem tão complicada, o segredo era a tal da constância. Tem vídeo no meu canal falando um pouco sobre essa lista, e você pode assisti-lo clicando aqui.
meu objetivo principal desse ano era ser constante no canal, postar um vídeo por semana, e atingir assim outros dois objetivos: chegar a 1k de inscritos e monetizar. percebe-se que são metas tangíveis, desde que houvesse o tal do comprometimento, e não sei o que acontece e se acontece só comigo, mas todo inicio de ano é sempre conturbado, tudo resolve acontecer, até o inimaginável.
que meu celular estava ruim, todo mundo já sabia, mas foi só virar o ano e adivinha? o áudio do celular pifou de uma forma que não da mais para gravar, porque o som sai muito abafado.
um problema bem fácil de resolver, se não fosse pelo meu visto que ainda não saiu, que me impede de trabalhar e de ter um salário que me permita fazer essa extravagância de chegar na loja da Apple e comprar o tal do celular. claro que tenho feito meus jobs, mas é aquela coisa, tem semana que tem e na outra não, e preciso ir levando até esse visto sair.
e foi assim que vi janeiro, fevereiro e março passarem, esfregando na minha cara que eu não tenho controle de absolutamente nada. mas enganasse quem acha que fiquei parada chorando as pitangas do iPhone, a gata aqui foi estudar. pegou inúmeras referências para voltar com tudo, fez várias aulas de edição de vídeo e leu e-books e livros sobre Blogs e Pinterest. e de repente me vi inspirada a voltar a postar com mais frequência aqui, já que no canal não está rolando. tudo estava caminhando, até consegui duas semanas off dos jobs e achei o momento perfeito para botar tudo em prática, março seria diferente, só que a gata aqui pegou covid!
fui em um aniversário, fiquei nem duas horas, mas uma das pessoas estava com covid e não sabia, e a bonita aqui amanheceu na segunda-feira seguinte só o suco do bagaço, bem no dia que supostamente voltaria cheia de disposição e novas ideias para essa página.
disposição não tive, só dor de garganta, dor no corpo e nariz entupido, mas isso me fez sair da cama em plena 1:00 da manhã para sentar aqui na sala, na esperança que meu nariz desentupisse e pensei duas coisas: a primeira foi em pegar o laptop e descarregar essas palavras aqui, e estou ciente de que este pode ser um post bem mais ou menos, mas é o que está acontecendo no momento, e que fazendo isso eu estaria indo contra essa fase atribulada que estou passando. a outra coisa que pensei foi em desativar meu Instagram e ser uma criadora de conteúdo sem redes sociais, apenas eu, meu blog, canal (e com sorte um iPhone).
desde que tudo isso aconteceu e que o covid me fez ficar de cama, só faço ter tempo para pensar nas coisas, e me pareceu muito atrativo abandonar o Instagram, já que é uma rede que mal posto, aliás, sou péssima lá, não consigo nem acompanhar a agenda comercial do mundo e fazer posts bonitinhos de páscoa, setembro amarelo ou lgbtqi+ (mas contem comigo para o dia mundial do gato), é uma rede social que todo mundo sempre tem algo para falar ou dar opinião, e eu só quero ficar vendo videos de gatinhos. o problema é que meus relatórios de uso semanal são preocupantes, e isso interfere em outra meta do ano que era diminuir o uso de telas, e de quebra me ajudaria a focar onde realmente me importa, que é aqui e o canal.
o insta do blog tem funcionado mais para aviso quando tem conteúdo postado em outras plataformas, e pelos dados recolhidos nos meus relatórios e de outros criadores de conteúdo, o Instagram tem pouquíssima relevância quanto a levar tráfego para o YouTube. e o app do Mark não tem ajudado muito os criadores de conteúdo que acabam sendo escravizados pelo algoritmo, tendo que trabalhar praticamente 24h por dia para manter o engajamento. o algoritmo do Instagram me lembra muito aquele filme do Adam Sandler, o “como se fosse a primeira vez”, onde ele tem que fazer a personagem da Drew Barrymore se apaixonar todos os dias por ele porque ela sofre um tipo de amnésia, e toda vez que ela acorda, não lembra dele e nem das aventuras maravilhosas que eles passaram no dia anterior.
mas voltando a insanidade que nem parece mais tão loucura assim sobre desativar minha conta no Instagram… as vezes a gente precisa se afastar de coisas que nos afasta dos nossos objetivos.
essa foi a reflexão do dia pessoal, se eu sumir vocês já sabem o motivo.
Beijinhos, Tali.
Eu me identifiquei muito com esse texto, Tali… sobre não se ter controle das coisas. Sempre gostei de fazer planos e seguí-los à risca, o que acabou criando em mim a falsa ilusão de que eu estava no controle da minha vida. Acontece que estou no final de um doutorado, sendo que no meio dele enfrentei uma pandemia e duas gestações. Imagine os olhares de julgamento dos colegas ao verem minha produtividade cair. A sensação de não conseguir estar fazendo nada de bom: não dar conta de ser a mãe que eu sonhei que seria, a profissional que imaginei que seria aos 36 anos, …, por aí vai. O que me salva todos os dias é a fé em um Deus que faz planos melhores que os meus e que tem me sustentado até aqui. Como diria Ariano Suassuna: “se eu não acreditasse em Deus, seria um desesperado”.
Deus tem um jeitinho todo especial de nos mostrar que não temos controle de nada. Tenho certeza que Ele sabe o que é melhor pra gente, mesmo que isso fruste nossos planos, mas aprendi a aceitar as portas que ele me abre e as que ele fecha… lá na frente vamos entender o por quê